ROCA DE FIAR
Espetáculo cênico musical
SINOPSE
“Roca de Fiar” é um espetáculo cênico musical. Em cena quatro músicos e três atrizes formam uma banda cênica que conta, através de sonoridades e canções, um pouco da história das primeiras tecelagens de uma cidade que era tipicamente rural e transformou-se bruscamente em um pólo industrial. Cada música busca revelar e narrar essas transformações também no que diz respeito ao universo cultural, ritmos como o samba, os cantos de trabalho, o maracatu, a bossa nova e outros revelam pela sua sonoridade característica as mudanças ocorridas no universo simbólico do sujeito, que busca adaptar-se ao novo contexto. Entremeadas pelo fio condutor da música, as atrizes dão lugar às personagens que revelam falas e histórias de fiandeiras (costureiras e bordadeiras) que ainda vivem nas grandes cidades. Em tom épico, as memórias de panos e costuras das atrizes são resgatadas. A questão central de “Roca de Fiar” é a arte de tecer e sua poética desdobrada no modo de estabelecer relações, no modo de preservar, revelar, compartilhar e resgatar a memória.
RELEASE
"A poética do tecer é a costura o espetáculo"
Roca de Fiar, espetáculo que une música ao vivo e teatro, é o resultado poético de um ano de pesquisa intensa empreendida pelo grupo Pontos de Fiandeiras junto a costureiras, bordadeiras e outras mulheres que vivem da arte de tecer. A peça é, nas palavras do grupo, uma “colcha de memórias, nossas e de outras fias, que foi tecida durante o processo”.
A música é parte fundamental do espetáculo, uma vez que o ofício dessas artesãs têm uma relação profunda com o canto. As cantigas executadas durante a apresentação são compostas pelo próprio grupo, Camila Shunyata, Roberta Marcolin Garcia e Vivian Darini, atrizes-cantoras oriundas da ELT (Escola Livre de Teatro). Há também letras da dramaturga Adélia Nicolete que “teceu com palavras” como faz questão de ressaltar “A cidade fabril é a tela em que bordamos, com fios e cores diversas, as nossas canções”. Além do elenco de atrizes, uma banda com quatro músicos, integra a encenação: Fanny Cabanas no teclado e bamdolim, Fabrício Zavanella no violão e badolim, Paulo Serra no baixo e Raifah Monteiro na Percussão.
Para conseguir levar ao palco fragmentos da vida das artesãs e ao mesmo tempo entender como se transmite a arte milenar das fiandeiras, o grupo realizou visitas ao Museu de Santo André para conhecer um pouco da história das primeiras tecelagens da cidade e entrevistou costureiras, bordadeiras e outras mulheres que trabalham com o ofício do fio na região hoje em dia.
O espetáculo foi financiado pelo Fundo de Cultura da Prefeitura de Santo André em 2011.
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO: Pontos de Fiandeiras
DRAMATURGIA: Pontos de Fiandeiras
COMPOSIÇÃO DAS MÚSICAS: Pontos de Fiandeiras e Adélia Nicolete
DIREÇÃO MUSICAL: Fanny Cabanas e Fabrício Zavanella
PREPARAÇÃO VOCAL: Fanny Cabanas e Fabrício Zavanella
PREPARAÇÃO CORPORAL: Pontos de Fiandeiras
ATRIZES-CANTORAS: Camila Shunyata, Roberta Marcolin Garcia e Vivian Darini
MÚSICOS: Fabrício Zavanella, Fanny Cabanas, Paulo Serra e Raifah Monteiro
FIGURINOS: Pontos de Fiandeiras
COSTUREIRA: Maria José Gomes Moreira
ADEREÇOS CÊNICOS: Sandra Jaskonis
CONCEPÇÃO DE MAQUIAGEM E CABELO: Lennon Thomáz
PRODUÇÃO VISUAL: Estúdio Ampla Arena
PRODUÇÃO: Pontos de Fiandeiras
DATA DA ESTREIA: 15 / 03/ 2012
LOCAL: Gambalaia Espaço de Artes e Convivência (Santo André – S.P.)
PÚBLICO: LIVRE
DURAÇÃO: 60 minutos
AGRADECIMENTOS:
Às nossas famílias, amigos e em especial aos artistas com quem fiamos e confiamos a arte, Andréia Daniel, André Vazzios, Carlos Michelon, GeanCarlla P. Ranulfo, Renata Régis, Sérgio Pires, Garagem de Teatro, Teatro da Conspiração, Sérgio Zanck, Trupe do Trapo e Humberto Alex (do Gambalaia).