HISTÓRICO

A Coletiva Teatral Feminista Pontos de Fiandeiras nasceu com o intuito de possibilitar a criação de uma cena teatral que investigue a pesquisa e a ressignificação de redes de comunicantes entre artistas diversos. Criado em Março de 2011, a Coletiva conta com integrantes oriundos da Escola Livre de Teatro (ELT) de Santo André, do SENAC São Paulo, da Universidade Anhembi Morumbi, Unesp dentre outras. A Coletiva busca por um teatro que alinhave a cena em consonância com o ser histórico social. Nessa esfera, trama os fios de suas montagens imbricadas na busca por uma linguagem cênica que dê conta de uma aspiração que é: fazer um teatro que dialogue com o momento em que se vive. Assim, Pontos de Fiandeiras vem descortinando em suas montagens os encontros dos tempos presente e passado, e lança seus vislumbres poéticos para o tempo futuro.
Em sua trajetória, as linguagens abordadas nas tramas da coletiva perpassam pelo estudo do teatro épico, do teatro narrativo, teatro de formas animadas, teatro lambe-lambe, palhaçaria e uma vivência profunda na criação em processo colaborativo. O fazer cênico do grupo vem sendo pautado pelo estudo do teatro narrativo em diálogo com práticas corporais (princípios da dança contemporânea, danças brasileiras, yoga, entre outras) e com a investigação musical (estudo de técnicas vocais, musicalização e composição). A Coletiva busca reconhecer em sua práxis o potencial narrativo dos elementos concernentes à cena e, desta forma, almeja gerar novos encontros entre as diversas linguagens que podem vir a constituir a materialidade de cada espetáculo, de cada proposta cênica.
Pontos de Fiandeiras desenvolve seus projetos em consonância com um grande tema gerador que vem se descortinando em seus projetos: a memória. Nesse sentido, a memória como propulsora para fazer da cena teatral um palco para o resgate e para a constante reflexão do ser humano como ser histórico-social-cultural.
Fontes que inspiram os processos de criação do grupo vão desde os ramos diversos das ciências humanas (literatura, sociologia, filosofia, etc) até laboratórios vivenciais.
A Coletiva investiga processos de criação em equipe e almeja por uma estética que surja do encontro entre as linguagens (teatro, dança, música, artes plásticas, entre outras) e da troca constante com outros coletivos e artistas. Portanto, todos os projetos criam redes comunicantes que nutrem as propostas iniciais de cada ideia trazendo novos referenciais para o fazer cênico. Atualmente, o grupo desenvolve projetos para todos os públicos.